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Um pouco de reflexão pra vovó... e porque não para o vovô?



O poema do vídeo é da poetisa goiana Cora Coralina ao som de Khaty Troccoli & Beach Boys

Vencendo o fantasma da osteoporose

A osteoporose é uma doença na qual os ossos se tornam frágeis e susceptíveis a fratura. Se não tratada a osteoporose pode progredir sem sintomas até os ossos quebrarem. Estas fraturas podem ocorrer em qualquer parte do corpo principalmente no quadril, coluna e punho. As fraturas normalmente têm danos sociais, emocionais e físicos incalculáveis para o indivíduo.
A osteoporose quase nunca dói, e quando acontece de doer é porque houve fratura ou uma patologia associada chamada de síndrome dolorosa miofascial ou a osteoartrose, mais comuns em idades mais avançadas.
A baixa massa óssea (osteoporose ou osteopenia) é um problema importante de saúde pública que afeta milhões de pessoas, cerca de 55% da população brasileira. Apesar das mulheres apresentarem chance quatro vezes maior de a desenvolverem, os homens também padecem desta doença.
Fatores de risco para o desenvolvimento da osteoporose -

Predisposição genética - em indivíduos de baixo peso e estatura e que têm a ossatura delicada; pertencentes à raça branca ou asiática; e que têm parentes próximos com o osteoporose.
Menopausa - quando ocorre a queda nos níveis de estrógeno, que é um hormônio importante na deposição do calcio nos ossos. Para prevenir a osteoporose é preciso que haja uma preocupação desde a adolescência principalmente, para as mulheres. A quantidade de massa óssea que conseguimos juntar na adolescência fará com que no envelhecimento tenhamos maior resistência contra fraturas. Isso se torna mais importante por sabermos que nem todas as mulheres podem ao menopausar submeter-se a reposição hormonal devido ao risco de outras doenças.
Sedentarismo - ausência de exercícios físicos e de exposição ao sol do inicio da manhã (“sol de bebê” das 6hs às 7hs da manhã). Os exercícios físicos devem ser realizados de forma regular. Para pessoas mais idosas o indicado é caminhar aproximadamente 40 minutos de preferência todos os dias, respeitando sempre os limites de cada um e o conselho do seu médico.
Dieta alimentar - caso seja pobre em alimentos que contenham cálcio (leite e derivados). Devem ser consumidos alimentos ricos em cálcio como leite e derivados podendo esses serem inclusive dos tipos light ou desnatado.
O exame que pode ser feito para medir o nível de perda da massa óssea é chamado de densitometria óssea e é indicado para as pessoas que apresentam pelo menos dois fatores de risco para o desenvolvimento da doença. Nestes casos, a determinação da massa óssea é importante para decidir o tipo de tratamento.
Antes de realizar tratamentos odontológicos como ortodontia ou implantes dentários, é importante uma avaliação MÉDICA sobre a qualidade óssea do paciente.
A ocorrência de osteoporose/osteopenia, em muitos casos, contra-indica implantes dentários e tratamentos ortodônticos devido a pobre qualidade óssea que o torna incapaz de manter o resultado dos tratamentos realizados, ou seja, o implante no lugar onde foi fixado, e os dentes corrigidos na nova posição obtida.

 
Fonte:  http://www.tratandodor.com/

Entrando na melhor idade? É hora de voar para Caldas Novas

Quer conhecer o paraíso das águas quentes Caldas Novas?

A partir do dia 8 de dezembro, já será possível voar de Campinas-SP para a cidade turística de Caldas Novas-GO. A autorização foi concedida a Azul pela Anac esta semana. As passagens aéreas de ida e volta serão vendidas inicialmente a partir de R$ 199, apenas nas quintas-feiras e domingos.
Se você não conhece Caldas Novas, não sabe o que está perdendo. A cidade é conhecido por ser a maior estância hidrotermal do mundo, possuindo águas que brotam do chão em temperaturas que variam de 20° a 60°. A principal fonte de renda do município é o turismo. Na alta temporada, a cidade chega a comportar mais de 500 mil turistas.


Veja abaixo a escala de voos disponíveis para viagens para Caldas Novas pela Azul.
Quintas-Feiras
Saída: Campinas-SP – Caldas Novas-GO – 09h40. (VOO DIRETO)
Saída: Caldas Novas-GO – Campinas-SP – 11h35 (ESCALA EM GOIÂNIA)
Domingos
Saída: Campinas-SP – Caldas Novas-GO – 12h50. (ESCALA EM GOIÂNIA)
Saída: Caldas Novas-GO – Campinas-SP – 09h45 (VOO DIRETO)
O trajeto direto entre Campinas e Caldas Novas pode ser feito em 1h30.

As informações acima de escala de voos disponíveis foram extraídas do link turismoeviagens.centralblogs.com.br/post.php?...

SESC é parceiro de encontro para melhor idade


O Estatuto do idoso prega que toda pessoa da terceira idade tem direito às atividades de cultura, esporte e lazer com preço acessível. O quê nem todos sabem é quais são os seus direitos e seus deveres.

Em busca desses objetivos, acontece em Palmas, nos dias 23 a 26 de agosto, na Escola de Tempo Integral Pe. Josimo Morais Tavares, o XIII Congresso da Associação Brasileira de Clubes da Melhor Idade (ABCMI) Regional Norte e Centro-Oeste. O SESC, parceiro do evento, trará logo na abertura a apresentação do Coral do Vida Ativa, interpretando o Hino de Palmas. O Coral é composto por participantes desse programa. Nessa apresentação, 20 idosos do SESC estarão presentes. O Vida Ativa atende pessoas com a faixa etária acima de 55 anos de idade, oferecendo oficinas, palestras, passeios, viagens, bailes, atividades físicas e eventos, fomentando a integração social e bem-estar físico. No total, o SESC atende mais de 800 idosos em todo o Estado.
No segundo dia do evento (24), durante a manhã é a vez do lazer. A partir das 9h, o SESC oferecerá aos participantes atividades diferenciadas voltadas para a recreação e bem-estar, além de sorteios de brindes e muita animação. Já no período vespertino, 40 participantes do Vida Ativa participarão da palestra “Envelhecer: referencia para a vida”. A palestra será ministrada pela especialista em geriatria, Drª Jacinta Serra, de São Luiz (MA). Segundo a responsável pela área de Assistência do SESC, Helena Cristina da Silva, o evento promete muita movimentação. “A expectativa dos organizadores é que 400 pessoas participem desse evento. Nós do SESC, que desenvolvemos um trabalho contínuo com este público, somos sempre parceiros de ações como esta, que busca a melhoria na qualidade de vida dos idosos”, afirmou.
Para quem mora próximo ao Tênis SESC e quer participar do evento, o SESC disponibilizará um ônibus que fará o translado até o local do evento. A saída do ônibus acontece às 13h. O interessado deve chegar com antecedência ao Tênis SESC para garantir seu assento. O translado e a entrada no evento são gratuitos.

Avó é acolhida por Defensoria Pública, que pede ação de guarda provisória

A Defensoria Pública de Ofício da Infância e Juventude de Vitória expediu documento, encaminhado ao Juizado da Infância e Juventude de Vitória, com o pedido de ação de guarda provisória para a comerciante Maraci Carneiro. Há mais de um mês, a comerciante luta para obter a guarda da neta recém-nascida, filha de sua filha S, dependente química em fase de recuperação e tratamento. A Distribuição por Dependência ao Processo N.º 024.11.023684-1 (38.424) data da última sexta-feira (19), final da semana que Maraci tinha certeza que levaria sua neta para casa. Assinado pela defensora pública Rinara da Silva Cunha, o documento cita o artigo 19 do Ecriad (Estatuto da Criança e do Adolescente), no qual se baseia que toda criança tem direito de ser criada e educada no seio de sua família. Ainda complementa que: “Dúvida não há que a família é o alicerce insubstituível para que o indivíduo se desenvolva da melhor forma possível, pois é onde estão as pessoas estreitadas por laços de afetividade. Não podendo ser negado à recém-nascida o convívio com sua avó e irmão.” Uma das justificativas para a obtenção da guarda é que a requerente possui residência própria, renda mensal de aproximadamente três salários mínimos, capacidade física e mental e idoneidade moral. Outra sustentação do pedido é o parágrafo segundo do artigo 33 do Ecriad, que orienta a deferição da guarda, excepcionalmente, fora dos casos de tutela e adoção, para atender a situações peculiares ou suprir falta eventual dos pais ou responsável. Nesse caso, Maraci, como avó da recém-nascida, requer a guarda como parte da família, ou seja, como família estendida.
O documento também alerta que danos irreparáveis à formação psíquica a criança poderão ocorrer, caso haja demora na regularização da concessão da guarda, bem como a consequente retirada do abrigo e entrega à avó. Na semana passada, o defensor público Bruno Pereira do Nascimento, que também acompanha o caso, afirmou que a lentidão se deve a questões meramente burocráticas, mesmo com o posicionamento favorável do Juizado da Infância e Juventude de Vitória.
Até que o processo seja resolvido com a ação de guarda provisória, a recém-nascida ainda ficará sob os cuidados do Centro de Apoio Social à Infância (Casa Viva), em Santo Antônio. O abrigo é um dos sete que funcionam em Vitória e acolhem crianças e adolescentes vítimas de alguma violação de direitos, sobretudo vínculos familiares fragilizados ou rompidos. O local acolhe somente meninas, de seis a 12 anos de idade.

Por Cristina Moura http://www.seculodiario.com.br/exibir_not.asp?id=16972

Agência alemã recruta avós também no Brasil para serem amas

Mulheres espanholas, italianas, britânicas e até brasileiras já procuraram a Granny Au Pair em busca de uma oportunidade de passar algum tempo em outro país.

Uma agência alemã decidiu recrutar "avós" para trabalharem como babás para famílias no exterior. Em vez das adolescentes que normalmente se oferecem para o trabalho de au pair - que envolve tomar conta das crianças e da casa, em troca da experiência de viver com uma família em outro país - a agência Granny Au Pair escolhe mulheres mais maduras, que querem uma chance de conhecer o mundo.
Rita Charalampiev, uma mulher casada de 62 anos e com uma filha já adulta, acaba de voltar à Alemanha após uma temporada de 6 meses no Canadá, onde ela cuidava de gêmeos de 2 anos e meio de idade e cozinhava. "Eu gostava do meu trabalho e me sentia jovem. Comecei a me lembrar de todas as canções infantis, dos jogos que costumava jogar. Havia muita diversão, amor, barulho e trabalho. E eu ainda recebia de volta lindos sorrisos com olhinhos brilhando", conta ela. "Eu sempre vou sentir falta das pessoas simpáticas, educadas e relaxadas que conheci no Canadá."

"Antigos sonhos"
A criadora da agência, Michaela Hansen, de 50 anos, teve a ideia ao ver um programa de TV sobre jovens au pairs. "Eu pensei: por que não há algo parecido para mulheres mais velhas?". Hansen imaginou que, como ela, muitas mulheres que cresceram na República Democrática Alemã casaram-se cedo, tiveram filhos e nunca conseguiram uma oportunidade de viver no exterior e trabalhar como au pair, como fazem muitas adolescentes e jovens europeias. "Muitas vezes as pessoas mais velhas se lembram com um pouco de melancolia de seus antigos sonhos. Viver no exterior é frequentemente um deles. Algumas queriam emigrar para os Estados Unidos, outras sonhavam em viver numa fazenda de ovelhas na Nova Zelândia. Até mesmo o sonho de trabalhar como au pair em outro país não foi realizado", diz Hansen.

Novas experiências
Hoje, já aposentadas e com filhos criados, essas mulheres maduras teriam tempo e disposição para conhecer outras culturas. "Quando li no jornal sobre a agência Granny Au Pair, fiquei empolgada e me ofereci imediatamente. Eu gosto de viajar, viver novas experiências, conhecer pessoas de outros países... Além disso, queria melhorar um pouco o meu inglês", disse Charampiev.
Como ela, mais de 400 mulheres se inscreveram desde a criação da agência em 2010. Cerca de 50 delas já tiveram a oportunidade de viver com famílias em países como Austrália, Grã-Bretanha, Jordânia, França, Índia, Namíbia e Itália por períodos que variam entre três meses e um ano.
A agência tem candidatas com idades entre 35 e 76 anos, mas a maioria delas fica na faixa entre 55 e 65 anos. Como as au pairs mais jovens, elas tomam conta de crianças em troca de quarto e comida. Normalmente não há salário, mas a família e a au pair podem fazer qualquer tipo de acordo. Muitas famílias pagam as passagens aéreas e oferecem algum dinheiro para as despesas diárias.
No momento da inscrição, as interessadas pagam uma taxa de 35 euros (R$ 80) e quando uma família compatível é encontrada, outros 250 euros (R$ 575).

Responsabilidade x energia
A gerente da Granny Au Pair, Corinna Von Valtier, acredita que as "avós" têm grandes vantagens na comparação com as adolescentes. "Elas são mais responsáveis, tem experiência de vida, já criaram filhos e cuidaram de uma casa. Já as mais jovens estão interessadas em namorados e festas."
Rita Charalampiev admite que talvez as mulheres mais maduras não tenham tanta energia, mas acha que elas não têm dificuldades em fazer o trabalho de au pair por seis meses ou um ano. Hansen lembra, no entanto, que os dois lados devem ter tolerância. Segundo ela, a au pair precisa ser tratada com respeito, mas não pode querer ensinar a família como criar seus filhos.
Mesmo com possíveis conflitos no caminho, o número de mulheres maduras interessadas em viver a experiência vem crescendo nos últimos meses. Von Valtier diz que está ocupada montando uma base de dados com as informações das candidatas a au pair, que agora já não são mais apenas alemãs. Mulheres espanholas, italianas, britânicas e até brasileiras já procuraram a Granny Au Pair em busca de uma oportunidade de passar algum tempo em outro país.

Fonte: BBC Brasil

DIREITO DE GRANDES E PEQUENOS: Lei regula visitas dos avós aos netos

Há motivos de sobra para avós, pais e filhos comemorarem: no dia 28 de março de 2011 foi promulgada a Lei 12.398/2011, que concede aos avós o direito de visita aos netos.
A redação anterior do art. 1.589 do Código Civil fazia menção somente à possibilidade de visitas do pai ou da mãe que não detinham a guarda do filho. Foi acrescido parágrafo único a esse artigo, nos seguintes termos: O direito de visita estende-se a qualquer dos avós, a critério o juiz, observados os interesses da criança ou do adolescente.
No âmbito processual também houve mudança para a concessão de medida cautelar regulando a guarda, a educação do menor e o direito de visitas, segundo o art. 888, VII, do Código de Processo Civil.
A concessão de tal direito sempre ficará subordinada a análise judicial, que deverá considerar os princípios do melhor interesse da criança e da sua proteção integral.
Os benefícios advindos dessa regulamentação legislativa não se limitam a atender unicamente os interesses dos avós em participar do crescimento e educação de seus netos, mas, principalmente, aos interesses das próprias crianças, pelo seu direito à convivência familiar, conforme dispõem o art. 227 da Constituição Federal e o art. 4º do Estatuto da Criança e do Adolescente.
Tutelam-se, dessa forma, dois princípios basilares quanto aos menores, já mencionados anteriormente, que são o principio do melhor interesse da criança e do adolescente, visando à sua proteção integral para crescimento saudável e feliz.
Vale lembrar que tais direitos são inerentes ao princípio da dignidade da pessoa humana. Em reforço, o Estado atribuiu garantias próprias aos infantes e aos adolescentes, devido à sua especial condição de pessoas em desenvolvimento, sujeitos que estão a natural fragilidade e vulnerabilidade¹ .
Como ensina Paulo Lobo, o direito à convivência familiar não pode se esgotar na chamada família nuclear, composta apenas por pais e filhos, mas estende-se pelos demais componentes do grupo familiar, especialmente os avós e os tios, dentro de uma constelação de cunho eminentemente solidário².
Conclui-se, portanto, que a lei se mostra justa e sensata ao reconhecer que a criança não pode ser vítima das desavenças entre seus pais e familiares, posicionando-se, isto sim, como sujeito de direitos que devem ser respeitados e resguardados na sua convivência com o pais, avós e outros parentes próximos.

PorMarcela Augusta Oliveira da Costa
¹ PEREIRA, Rodrigo da Cunha . Princípios Fundamentais Norteadores para o Direito de Família. Belo Horizonte: Del Rey, 2006, p. 132.
² Lobo, Paulo. Direito Civil. Família. Saraiva: São Paulo, 2009, p.53.

O que a Psicologia diz ou constata sobre os netos que são criados pelos avós?

Não conheço publicações específicas sobre esse assunto na Psicologia. O que podemos dizer é que hoje em dia as famílias têm conformações diversificadas e um tipo de família atual é aquele em que a responsabilidade pela educação das crianças é dos avós e não dos pais. Dentro desse tipo de família, pode-se observar crianças muito adaptadas e felizes e também crianças infelizes e com comportamentos desajustados. O fato é que os comportamentos das crianças não são função somente de quem as educa, mas principalmente são função da forma como as crianças são ensinadas a se comportar. Assim, tanto avós quanto pais podem ser bem sucedidos ou mal sucedidos nas suas práticas educativas. É um erro pensar que as crianças criadas pelos avós serão diferentes, mais mimadas ou malcriadas do que aquelas criadas pelos pais, apesar dessa ser a idéia presente no senso comum.
Extraído de "A participação de avós na criação dos netos", por Yvanna A. Gadelha-Sarmet, Penélope Ximenes e Patrícia Serejo

Quais as diferenças e semelhanças entre a criação oferecida pelos pais e pelos avós?

Cada família, cada pai, cada mãe, cada avó e cada avô tem um jeito diferente de educar a criança. Essa diversidade é muito rica, pois ensina a criança a discriminar que comportamentos funcionam na casa dos pais, e quais que não funcionam, bem como a discriminar quais comportamentos são recompensados pelos avós e não são recompensados pelos pais. Talvez uma diferença comum que pode ser observada entre o modo de educar de uma mãe e de uma avó é que a avó tende a ser mais reforçadora para qualquer comportamento da criança do que a mãe. Isso quer dizer que comportamentos como: fazer birra, assistir a TV até tarde, comer doce antes de almoçar, são reforçados pela avó, enquanto que os mesmos comportamentos podem gerar punições da mãe ou serem ignorados. Mas isso não é regra! Existem mães que reforçam muitos comportamentos inadequados da criança, assim como existem avós nada reforçadoras. Em resumo, não se pode falar em diferenças e semelhanças entre uma criação e outra de forma generalizada.
Extraído de: A participação de avós na criação dos netos" por Yvanna A. Gadelha-Sarmet, Penélope Ximenes e Patrícia Serejo

Quais dificuldades e deficiências os avós encontram ao educar os netos?

Tanto os avós quanto os pais enfrentam dificuldades semelhantes ao educar as crianças. A violência do mundo moderno, o consumismo, a deficiência no ensino acadêmico, a falta de tempo para estar com a criança, entre outras. Os avós, especificamente, enfrentam ainda outras dificuldades como problemas de saúde, preocupações com os filhos, etc. Tudo isso pode gerar uma condição de estresse que prejudica o modo como os avós conseguem lidar com as crianças. Além disso, os avós têm mais experiência porque já criaram seus próprios filhos, mas têm também maior lacuna temporal entre a criação que tiveram e o tempo atual, o que acarreta em várias mudanças sociais que interferem na educação.
Extraído de: A participação de avós na criação dos netos" por Yvanna A. Gadelha-Sarmet, Penélope Ximenes e Patrícia Serejo

Quais os pontos positivos ressaltados na educação dos netos feita pela terceira idade?

Cabe ressaltar que muito avós não estão na faixa da terceira idade. Ao contrário, são avós jovens, que trabalham, fazem exercícios físicos e estão cheios de vitalidade. Existem também avós que já estão aposentados e que, por esse e outros fatores, têm mais tempo para se dedicar a estar com a criança. Talvez o ponto mais importante da relação entre avós e netos seja o tempo de qualidade que aqueles dedicam a esses, com brincadeiras, jogos, passeios, carinhos, elogios. Numa relação permeada de amor e carinho, seja entre avós e netos, seja entre pais e filhos, favorecem-se os comportamentos adequados e a felicidade.
Extraído de: A participação de avós na criação dos netos" por Yvanna A. Gadelha-Sarmet, Penélope Ximenes e Patrícia Serejo

Afinal de contas, os avós de hoje mimam ou educam?

Mais uma vez, é impossível responder essa pergunta de forma direta. Não existem "os avós de hoje". Existem os avós do André, da Esther, da Ana Clara... Além disso, mimar faz parte de educar, não são comportamentos excludentes. Uma relação de afeto deve estar presente entre a criança e qualquer que seja o seu educador: pai, mãe, avó, avô, professor, médico, psicólogo, etc. O problema pode surgir não pelo excesso de mimo, mas pela falta de limites na educação, ou seja, quando os pais (ou avós) deixam de ensinar o que é certo e o que é errado; não deixam as crianças entrarem em contato com as conseqüências ruins de seus comportamentos inadequados ou não deixam a criança viver situações nas quais ela é frustrada, para citar alguns exemplos. Essa dúvida, entretanto, surge do fato de o senso comum afirmar que crianças criadas pelos avós são mimadas e têm menos limites quando comparadas as que são criadas pelos próprios pais. Em muitos casos isso pode ser verdade, pois os avós tentam recompensar a ausência dos pais ou porque existe uma cultura de que os avós devem mimar e "estragar" os netos. Contudo o mais importante é observar cada família e não fazer regras gerais. Cada família tem suas peculiaridades, que devem ser respeitadas.

Qual o perfil desses netos e avós? E dos pais que dividem essa responsabilidade ou entregam os filhos para seus próprios pais cuidarem?

Não é possível traçar um perfil. Mais uma vez, salientamos que cada caso é único. Não é um tipo de personalidade que determina se em certa família os avós tomarão conta ou não dos netos. São, sim, as circunstâncias da vida e as relações construídas entre os membros da família que tornam mais provável ou não a participação dos avós na criação das crianças. Por isso, podemos relacionar algumas mudanças sociais, como a inserção da mulher no mercado de trabalho e o aumento da incidência de gravidez precoce, com o fato de mais avós estarem participando da educação dos filhos.
Extraído de: A participação de avós na criação dos netos" por Yvanna A. Gadelha-Sarmet, Penélope Ximenes e Patrícia Serejo
Foto: Arcevo Pessoal de Bia Brasil e seus netos André e Esther

Um novo conceito em ser avó

É... modernas ou não, saradas ou fora de forma, o que elas querem mesmo é bom papo, conselho, carinho e amizade entre avós e netos.
Quando você escuta a palavra avó, qual a primeira imagem que vem à sua cabeça? A figurinha dócil, meiga, de cabelos brancos, sentada no sofá fazendo tricô? Bem, isso faz parte do passado! A nova geração de avós venceu preconceitos, o machismo, ultrapassou barreiras, queimou sutiãs e participou da revolução sexual. Essas mulheres deixaram as tarefas domésticas para trabalharem fora e isso não as impediu de criarem seus filhos. Agora, anos depois de tantas conquistas que mudaram a sociedade, elas se vêem às voltas com uma nova realidade: os netos. Como será que essas jovens senhoras estão vivendo essa nova etapa da vida? Será que elas aceitam as liberdades e o comportamento dos netos com o mesmo desembaraço e naturalidade do passado? O Bolsa de Mulher foi conversar com algumas mulheres para saber como vivem e o que querem essas vovós modernas.
As mulheres que eram jovens nas décadas de 60 e 70 hoje em dia têm pouco mais de 50 ou 60 anos de idade. Mas nem parece. Com o avanço da medicina, elas retardaram o envelhecimento e melhoraram a qualidade de vida. Participam ainda economicamente e socialmente de forma ativa e juntam a experiência de vida com um frescor pouco comum na juventude de hoje. É, o conceito de velhice mudou. "As mulheres de hoje são avós muito diferentes de suas avós. O modelo cultural mudou. Atualmente ela ainda trabalha, não é velha. A noção de velhice também se transformou. Uma senhora de 60 anos não tem a aparência de uma da mesma idade de algumas décadas atrás, ao contrário, é jovial e isso reconfigura tudo. Muitas se dizem encantadas por serem avós, sem medo", comenta a psicóloga de família, Maria Helena Rego Junqueira.
“As avós de hoje são da geração do feminismo. Teriam uma tendência à permissividade, mas pelo amadurecimento, perceberam que liberdade tem limite”
A coordenadora do curso de pedagogia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Regina Cunha faz coro.
 "Houve uma ampliação das funções da avó. Hoje ela exerce papel político, econômico e afetivo. Às vezes, a avó ainda contribui financeiramente ou até sustenta a família. É um papel fabuloso. Elas têm uma representatividade muito maior que no passado", vibra Regina.
Entretanto, segundo a educadora, o papel dessas senhoras vai mais além. Para ela, as vovós têm consciência da importância no equilíbrio e no auxílio aos filhos na educação dos netos. "As avós de hoje são da geração do feminismo. Teriam uma tendência à permissividade, mas pelo amadurecimento, perceberam que liberdade tem limite", afirma. Regina explica que essa geração tem a tarefa de tentar trazer moderação na educação dos jovens, auxiliando os pais. "Atualmente as crianças entram na escola muito cedo. As avós devem ficar atentas. Como são experientes, podem avaliar a qualidade da educação que seus netos estão recebendo no colégio", aconselha ela, que também pode curtir os netinhos Camila, de seis anos, Pedro, de três, e Alice, de dois.

Vovós moderninhas
Nada de óculos na ponta do nariz, receita de chazinho e estórias de antigamente. Algumas vovós são pra lá de ativas: Sueli, Márcia, Vera, Consuelo e Flávia não dispensam momentos de lazer, mesmo trabalhando arduamente. Alguns programas que parecem demasiadamente teen para maiores de 40 anos por vezes são normais no cotidiano delas: namoram, freqüentam academia, vão para baladas, bebem e batem papo no barzinho, fazem plástica, lipoaspiração, entre outras cositas más. Mesmo com tantas atividades, não deixam de aproveitar a companhia dos netos.
Para muitas, não existe o tão falado conflito de gerações. "Sou mãe e avó, e estou tentando conviver com meus netos assim como participei da infância dos meus filhos. Hoje me sinto plena, completa. Não me anulo enquanto mulher. Você pode ter a plenitude profissional e familiar", afirma Márcia Pessanha, diretora da faculdade de educação da Universidade Federal Fluminense (UFF) e avó dos bebês Bento e Luísa.
Na opinião dela, as mudanças no mercado de trabalho e o fato de as mulheres atualmente terem uma melhor qualidade de vida fizeram com que as relações delas com a família também mudassem. "O machismo diminuiu e a rejeição no trabalho é menor. Elas dividem os afazeres profissionais e os programas. Quando isso é feito de forma equilibrada é benéfico. Também sou avó e sei que nós temos uma visão diferente do mundo. O pensamento não envelhece. No passado a avó tinha uma posição distante do neto por não terem assuntos em comum", contextualiza Márcia.

Investindo desde cedo
É preciso investir desde cedo na formação das crianças. A professora universitária e pedagoga Sueli Camargo Ferreira tem 54 anos e é avó da pequena Ana Clara, de dois. Ela namora um professor universitário há oito anos. Entre os programas preferidos do casal está curtir um filme no cinema nos finais de semana. "Gosto de cinema e de beber chope e vinho tinto. Sempre que inaugura um novo barzinho, meu namorado e eu vamos conhecer", diz empolgada. Sobre a educação da neta, Sueli conta que incentiva o desenvolvimento intelectual de Ana Clara, mas sabe da importância dos momentos de lazer com a criança. "Primo muito pela educação dela. Sempre a presenteio com brinquedos educativos para desenvolver a criatividade e também livros", derrete-se Sueli.

Mimos
Uma das características da relação entre avós e netos é o fato de ser mais liberal. Ainda que evitem dar bronca, castigar e negar seus pedidos, é fundamental respeitar as gerações mais novas para um convívio harmônico. "Ouço muitos avós dizerem que neto é uma delícia porque logo depois entregam a criança aos pais. Isso é um discurso. Mas acho que não deseducam, pois continuam sendo responsáveis. Eles têm que ter posturas antipáticas quando necessário. Devem exercer um princípio de autoridade porque não é filho, mas é neto", pondera a psicóloga de família, Dra. Maria Helena Rego Junqueira.
Para a pedagoga Márcia Pessanha, aquela velha história de que os avós estragam os netos é pura balela. Ela afirma que eles podem ter influência na vida intelectual das crianças. "Quando os netos chegam, os avós costumam mimá-los demais, mas isso não é regra geral. Eles devem tratá-los bem, porém, sem prejudicar a educação dada pelos pais. Os avós podem exercer influência nos hábitos culturais, religiosos, esportivos e até na escolha da profissão dos netos", sugere Márcia.

Para aproveitar
Responsabilidades à parte, o que elas querem mesmo é aproveitar os netinhos e tudo o que a maturidade (emocional, inclusive) tem a oferecer. Avó de Clara, de 11 anos, a diretora escolar Vera Zimbaro, de 62, se dedica ao trabalho praticamente de forma integral. Por conta disso, os momentos de lazer ficam em segundo plano. Com exceção da neta, que tem sempre a atenção dela nos momentos que precisa. "Infelizmente, não tenho muito tempo para me divertir com a minha neta, mas ela sabe que pode contar comigo sempre. Gostaria de ter mais programas com ela. Cobro boas notas e responsabilidade, porém, sei conversar com a Clara sobre outras coisas. Somos amigas. É uma delícia ser avó!", vibra Vera.
A decoradora Consuelo Ferrer, 51 anos, é avó desde os 42, quando foi surpreendida pela notícia dada pelo filho mais velho: "Quando ele disse que eu iria ser avó meu mundo caiu!", relembra. "No primeiro momento que fiquei sabendo que ia ser avó, fiquei abobalhada, sem acreditar no que havia escutado. Pensei que fosse um pesadelo, mas depois percebi que estava mais acordada do que nunca. Não estava preparada para ser avó. Fui aprendendo aos poucos", reconhece. Ela, que sempre foi à frente do seu tempo, demorou a aceitar que os anos tinham passado. Vaidosa, não gosta de revelar a idade, tampouco que tem dois netos, mas assume a alegria de ter contato com as crianças. Hoje, amo meus netos, mas quando o mais velho deles nasceu, demorei a ter um contato afetivo. Felizmente, isso já está superado", conta Consuelo, que já não se importa de ser chamada de ‘vovó'.
É, mas a avó não deixa a vaidade de lado. Gosta de curtir a vida, está sempre bem arrumada e perfumada. Na sua bolsa nunca falta batom e maquiagem. De manhã costuma fazer caminhadas na orla de Copacabana, no Rio. As aulas de hidroginástica ajudam a aliviar as dores na coluna, único incômodo físico que diz sentir. Segundas e quartas são os dias das aulas de dança de salão. Nas tardes das quintas-feiras, ela marca presença nas sessões de massagem em uma clínica de massoterapia. "É pra manter o físico em forma e equilibrar as energias", explica. É a chamada vovó com tudo em cima!

Garotona
Os netos chegaram e a artista plástica Flávia Amorim, de 49 anos, dá a impressão de ter uma década a menos. No guarda-roupa, apenas calças e blusas modernas, parecidas com os modelos manequim tamanho 40 usados pela única filha, Geórgia, de 23, mãe de Juliano, de 5, e Rodrigo, 2. "Quando me perguntam se me sinto mais velha por ser avó, costumo responder que tudo depende da cabeça da pessoa. A velhice está na mente dos outros. Faço as mesmas coisas de sempre. Tenho 49 anos e uma vida inteira para aproveitar com a minha filha, meus netos e o meu namorado, não posso perder tempo com essas pessoas que insistem em ter preconceito", desabafa. Ela diz isso porque gosta de, algumas vezes, experimentar e usar as roupas da filha. "Temos o corpo parecido, não vejo nada demais nisso. É que muita gente tem inveja, por isso, às vezes, ouço alguns comentários maldosos, mas não ligo", garante Flávia.
As noites em festas e boates também são curtidas em família na maioria das vezes. Boa parte das amigas da Geórgia conhece Flávia. "Minha mãe é uma das mais animadas quando saio com as minhas amigas. Ela tem espontaneidade, alegria, simpatia, inteligência e educação. Nós nos divertimos juntas. Não vejo nenhum problema nisso. As colegas dela às vezes se juntam com as minhas e a festa fica melhor ainda. É uma grande diversão", conta Geórgia.
O namorado de Flávia, Roberto Tavares, economista, 15 anos a menos que ela, é ciumento e costuma acompanhá-la nas saídas durante a noite. Faz bem, pois os olhares masculinos para Flávia são muitos. "É verdade, ela faz sucesso. Mais do que eu que sou mais nova", brinca Geórgia. Nos finais de semana, Flávia pratica natação e malha em casa. É também no sábado e no domingo que aproveita a companhia dos netos. "Sou do tipo de avó que faz as vontades deles. Compro brinquedos, doces e tudo que pedem. Mas na hora de castigar, sou bem mais severa que a minha filha. Sou tolerante, porém, é sempre bom manter um limite", encerra Flávia.

Fonte: http://www.bolsademulher.com/familia/as-novas-vovos-10309.html