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Sacolas plásticas e nossas vovós

Parece que com a proibição da utilização de sacolas plásticas fornecidas pelos supermercados do Estado de São Paulo estaremos voltando ou regredindo ao tempo das nossas vovós, que faziam suas compras nas vendas e empórios utilizando-se das sacolas de panos, palha ou de bambu. 

Estávamos, entretanto, vivendo os anos 40, 50 e 60, onde tudo era mais suave, confortável e dispúnhamos de maior tempo livre. Proibir a utilização de sacolas plásticas em pleno 2012 é a grande incoerência destes tempos modernos em que vivemos. O planeta não sai do sufoco com proibições esdrúxulas como esta, mas sim através de processos de educação ambiental, permanente.




Então o que será do papel higiênico em relação aos eco-xiitas?
Daqui a alguns meses será proibido o uso de papel higiênico. Os eco-xiitas irão propor substitui-lo por folhas de plantas vegetais na higiene pessoal nos banheiros das residências. Proibir embalagens plásticas do leite pasteurizado, substituindo por garrafas de vidro, ressuscitando as velhas leiterias que vendiam leite cru in natura a granel sem qualquer procedimento higiênico. E outras proibições virão certamente. As primeiras vítimas serão as donas de casa que perdem as sacolas como alternativa para embalar o lixo doméstico. Os supermercadistas a curto prazo terão enormes dificuldades em manter estoques de caixas de papelão (contaminadas certamente) para atender a clientela. As sacolas biodegradáveis vendidas à R$0,19 serão inúteis pois não existe sistema de compostagem orgânica no país capaz de degradá-las. A pessoa sem veículo próprio, compra 2 ou 3 itens e sai carregando feliz da vida uma incomoda caixa de papelão? A solução da APAS em acordo com os municípios não tem força de lei. Por isto o Tribunal de Justiça suspendeu as proibições nas cidades de Rio Preto e Jacareí. As decisões cabem ao Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente) ligado ao Ministério do Meio Ambiente, que é o orgão consultivo e deliberativo de toda legislação no território nacional. O Brasil caminha no sentido de abandonar definitivamente os aterros de resíduos sólidos, substituindo-os por usinas incineradoras produtoras de energia elétrica limpa. Enquanto isso não ocorre, as sacolas, garrafas pets e demais resíduos devem sim serem depositados em aterros apropriados.
A natureza é pródiga em responder às agressões. Ela defende-se sozinha. Vejam o caso do recente vazamento do poço da British Petroleum, no Golfo do México. Os eco-xiitas mundiais esbravejaram que levaríamos ao menos 50 anos para limpar toda a contaminação. A realidade mostrou que em apenas 5 meses, as bactérias e fungos marinhos se alimentaram intensamente do petróleo e seu sais ali vazados, limpando totalmente aquela região do planeta. Devemos cruzar os braços e assistir todas estas agressões ao meio ambiente? Claro que não. Temos que ter posturas sérias de ações reais contra a degradação ambiental e recuperação de áreas degradadas atuais. Não perder tempo com cantilenas de aquecimento global e sufoco planetário. Que aquecimento é este onde as temperaturas médias dos oceanos nos últimos 15 anos diminuíram 5 graus célsius? E os engodos do bug do milênio, camada de ozônio, derretimento das calotas polares e agora das sacolinhas plásticas? A quem interessa estas inverdades cientificas? Afinal, os custos das sacolinhas estavam embutidas nos preços finais dos produtos? Enfim, nós consumidores vamos arcar com mais um custo ou gasto provocado por lobbies e “paladinos” da ecologia.

Engenheiro Luiz Roberto Peres, pós-graduado em Engenharia de Saneamento. PS: Quem interessar-se pelos temas saneamento, meio ambiente e aquecimento global antropogênico escrever para: liroberto@uol.com.br
http://www.jcnet.com.br/editorias_noticias.php?codigo=220813

Melhor idade? Às vezes, não.

Há alguns dias, escrevi um post para o Blogueiras Feministas a respeito do envelhecimento, especialmente das mulheres. Este é um assunto fundamental de que falamos muito pouco e que gerou alguns questionamentos. Em uma sociedade que cultua a juventude, a beleza e o patriarcado, mulheres idosas são discriminadas duas vezes: por ser velha e por ser mulher.

Sozinha ou solitária?
Preocupa-me muito a velhice solitária de muitas mulheres. Acredito que há um número enorme de mulheres, sozinhas, e que desistiu de um relacionamento, após a meia idade. Além de as mulheres viverem mais que os homens, têm mais problemas de saúde, locomoção, socialização.
Como grande parte das mulheres se casam com homens mais velhos, é comum ver mais mulheres viúvas que homens. E há, ainda, as que são divorciadas, separadas ou são abandonadas por seus companheiros, e que têm menos expectativas de casar novamente, pois a demanda é de mulheres mais jovens, atraentes e saudáveis.
E, para fugir da solidão na velhice, as atividades para idosos, grupos de amigos, excursões e afins se proliferam. Muitas até preferem viver assim, sem um parceiro fixo, pois não tiveram uma experiência anterior muito feliz com seus parceiros.
Uma amiga, bem mais velha que eu, uns 20 anos, quando casou de novo, aos 60 anos, disse-me para não perder a esperança. Achei graça na época, pois não estava querendo casar de novo. Hoje em dia, ela se diz arrependida, pois o marido, mais velho que ela, é rabujento e exigente. Continua solitária e infeliz.

Liberdade, ufa!
Penso que, talvez, haja mulheres que tiveram a chance de ter um novo relacionamento e tenham optado pela liberdade de continuar sozinhas. Nas excursões de que participei, observei como as mulheres mais idosas são alegres, livres, independentes e solteiras! Querem namorar, mas não casar ou viver juntos.
Estas mulheres, livres das restrições da família ou do marido e dos cuidados com os filhos, aproveitam a oportunidade de investir em uma nova forma de viver e enxergam esta fase como uma possibilidade de autonomia e de valorização de suas potencialidades.
Certas viúvas renascem após o luto e passam, então, a viver para si mesmas. Muitas delas, tiveram uma vida inteira sem esta oportunidade. Nossa sociedade é muito injusta com as mulheres. Esta negação de si em prol dos outros é um hábito arraigado que sustenta que a mulher tem de se sacrificar por tudo e todos e nunca pensar nela.

Preparar-se para a velhice
O mais triste, no entanto, é que, além desta longa espera pela “liberdade”, muitas mulheres não se prepararam ou não tiveram a chance, a sorte, a oportunidade de juntar uma “bagagem” emocional, cultural, profissional, econômica e física (saúde mesmo) para esta fase.
Esta reflexão é interessante para sensibilizar as mulheres, que, enquanto jovens, são estimuladas pela mídia que repercute a mentalidade social de que a pessoa é valorizada apenas quando útil, produtiva, desejável e jovem.
E muitas tentam moldar seus desejos e projetos de vida de acordo com esta orientação. Investem mais em cuidados com a aparência, com a beleza e com a vaidade, e pouco em valorização pessoal, cultural e profissional.
Cultuar o corpo e a beleza pode ser importante, porém, não garante tranquilidade na velhice. O que permanece é o que foi semeado. Nossa geração tem a capacidade de viver muitos anos, e, por conta disto, precisamos pensar já em nos preparar para uma velhice saudável, estável e feliz.
Infelizmente, esta necessidade de “começar a pensar e preparar nossa velhice logo” não é interessante para mulheres mais jovens que se preocupam apenas com o imediato. Nem pensam em se preparar para a velhice.
Se toda mulher, que tem a chance de se preparar em todos os aspectos, se preocupasse mais no que é relevante, em vez de no que é momentâneo, talvez a velhice nem fosse tão cruel.

Pobreza e velhice
Há, entretanto, aquelas que não tiveram a oportunidade de providenciar uma velhice tranquila. Passaram a vida sem estudo, sem profissão, sem previdência. Como não há aposentadoria para donas de casa que não têm pensão de marido, ou sequer tiveram um, vemos mulheres vivendo uma velhice sem amparo emocional, sem segurança econômica e sem saúde.
Costumo dizer para as mulheres sozinhas e pobres que conheço, que deveriam se inscrever em um plano de previdência, para ter assistência no presente e uma aposentadoria mais tarde. Talvez seja um sacrifício disponibilizar alguns poucos reais por mês do orçamento para pagar a previdência, porém, a longo prazo, as necessidades básicas, como alimentação e saúde serão, se não solucionadas, pelo menos, amenizadas.
Nosso sistema deveria criar condições para as mulheres idosas e sem amparo. É degradante ver idosos e idosas em situação de miséria e abandono. Nem todas as pessoas têm o amparo de suas famílias, e, nesta fase da vida, a amizade e o relacionamento com um parceiro não é algo muito valorizado.

Enfim...
Poucas mulheres voltam a casar ou ter um relacionamento depois de uma idade considerada limite para elas, já que, a maioria dos homens mais velhos, estão interessados em mulheres mais novas e saudáveis. E, sem família e sem afeto, envelhecer, para muitas mulheres, torna-se um fardo, quando poderia ser uma fase de liberdade e felicidade.
Por Denise Rangel http://drang.com.br/blog/2012/01/28/melhor-idade-as-vezes-nao/